6 de agosto de 2015

Maldita, de Chuck Palahniuk: a continuação de Condenada

Há algum tempo, comecei a me aventurar na escrita de Chuck Palahniuk. Ele, que criou Clube da Luta, é um dos autores mais lidos da atualidade e, através de textos extremamente críticos, continua conquistando cada vez mais fãs ao redor do mundo. Dessa vez, li Maldita, a continuação de Condenada, que, como assim como o primeiro livro da série, provoca a sociedade atual com muita ironia e cenas tensas e intensas.


Maldita continua a história de Madison Spencer que, no primeiro livro, foi condenada para o Inferno. Dessa vez, Maddy aproveita a oportunidade de voltar à Terra no Halloween e ganhar alguns doces - uma moeda de troca fortíssima no Inferno. O problema é que ela perde a carona de volta e, por isso, é obrigada a ficar na Terra, que ela descobre ser o Purgatório, até o próximo Halloween. A partir daí, a menina, como fantasma, começa a ir em lugares de seu passado e, através de algumas descobertas, passa a se lembrar da sua vida, além de, também, tentar destruir os planos de Satã, que quer levar toda humanidade para o Inferno.

Embora isso não seja muito comum de acontecer, eu gostei muito mais de Maldita do que de Condenada. O primeiro livro, como eu disse aqui, é muito denso e eu demorei um pouco para me acostumar com a escrita de Palahniuk, então talvez seja por isso que Maldita tenha sido muito mais fácil de digerir. O segundo livro da série, no entanto, está longe de ser mais leve do que o primeiro: as cenas continuam pesadíssimas e, através de uma história muito bem amarrada, respondem às diversas perguntas que foram feitas em Condenada.


Claro que, como qualquer livro de Palahniuk, Maldita não é para qualquer um. Cada linha é um soco no estômago e o humor ácido do autor critica a nossa sociedade até o último fio de cabelo. Maddy é uma menina de 13 anos que, devido à sua criação, está acostumada a diversas coisas que, normalmente, uma menina dessa idade não está. Então, através da história, Palahniuk aborda temas especialmente polêmicos, como estupro, aborto, drogas e sexo, além de, é claro, ironizar diversos outros aspectos que, hoje em dia, são considerados normais por nós. É uma leitura fácil, mas longe de ser leve, e, sem dúvida, tornou-se meu livro favorito do autor.

5 de agosto de 2015

Divertida Mente é animação para adultos!

Raiva, Nojinho Alegria, Medo e Tristeza

Como eu adoro ir ao cinema! Comer pipoca e tomar refrigerante vendo aquela tela gigante com imagem em altíssima qualidade e sair da sala mais leve, reflexiva ou só feliz mesmo. Recentemente fui ver Divertida Mente e acontece que, embora o filme seja classificado para crianças, está longe de ser assim. Divertida Mente é colorido e com personagens fofos, o que todo pequeno gosta, é verdade, mas, pra quem está só um ~pouquinho~ mais velho, traz uma mensagem muito mais complexa e especial.


Divertida Mente, produzido pela Pixar, é sobre a Riley, uma menina de apenas 11 anos. Quer dizer, Riley, na verdade, não é bem a personagem principal, mas é dona do cérebro onde toda a história acontece. Não entendeu? É que Divertida Mente, na verdade, conta como as cinco emoções que vivem no cérebro de Riley - Alegria, Medo, Raiva, Nojinho e Tristeza - lidam com o fato de que ela vai ter que deixar sua cidade natal e seus amigos para trás. Obviamente que cada emoção possui características bem peculiares e, por isso, encaram as mudanças de formas diferentes, o que torna tudo mais divertido.


As emoções de Riley são quem controlam a menina desde pequena, ou seja, basicamente decidem como ela vai reagir a cada coisinha que acontece ao seu redor. O problema é que, quando Riley descobre que terá que ir para outra cidade, a Alegria, que fazia o trabalho praticamente todo, perde espaço para outras emoções se sobressaírem. Isso faz com que a personalidade de Riley mude muito e ela passe a reagir de uma maneira muito diferente ao seu dia a dia.

O cérebro da Riley

O legal de Divertida Mente, assim, não é ver como seria o seu cérebro de acordo com a Pixar - embora isso seja, na verdade, muito legal! Acontece que o filme é uma bela analogia da nossa transformação de criança para adolescente. Afinal, é bem nessa época que a gente passa a encarar as coisas de outra maneira, compreende melhor o que está ocorrendo ao nosso redor e também passa a ser muito mais dramático e exagerado, né? Divertida Mente, então, é pra gente sair mais leve e feliz do cinema, sim, mas serve também para pensarmos em como às vezes deixamos uma emoção ruim controlar nosso cérebro e como isso acaba estragando o nosso dia a dia. 

3 de agosto de 2015

Jazz Restô & Burgers, a melhor batata frita do mundo e o seu milk-shake de churros

Se um dia eu posto sobre alimentação saudável e dietas, outro dia eu falo sobre a hamburgueria nova que fui conhecer no final de semana e amei. Parece controverso? Talvez. Batata frita e milk-shake precisa fazer sentido? É claro que não. Então, depois de uma semana toda de alface, frango grelhado e geleia diet, eu super merecia um jantar gordo no sábado. Por isso, eu e meu namorado fomos conhecer o Jazz Restô & Burgers.


O Jazz Restô & Burgers fica perto do metrô Ana Rosa, aqui em São Paulo. Chegamos lá às 20h30, logo após ter ido ao cinema, e como havíamos feito reserva, nem precisamos esperar por uma mesa. Rapidamente pudemos escolher onde sentaríamos e o garçom veio nos atender. Ele nos explicou como a casa funcionava e perguntou se gostaríamos de fazer o pedido. 


Eu e meu namorado resolvemos pedir uma Pink Lemonade cada, mas o garçom sugeriu que pedíssemos uma Pink Lemonade e uma Green Lemonade, assim poderíamos experimentar os dois sabores. Além disso, pedimos também uma porção de batatas fritas com dentes de alho e um toque de alecrim, que chegou rapidamente à nossa mesa. A Pink Lemonade tinha um toque de framboesa, enquanto a Green Lemonade tinha maçã verde, e as duas eram deliciosas e muito refrescantes. A melhor parte, no entanto, foi a porção de batatas fritas, chamadas de French Quarter, que estavam incríveis!


Deem uma olhada nessa foto. Sério. É de babar, né? Agora imaginem uma porção de batatas crocantes, saborosas e com alho e alecrim. Fiquei apaixonada, de verdade. Embora eu não goste muito de alho, os ingredientes combinaram muito entre si e os alhos estavam tão molinhos que era possível comê-los puro mesmo. Para completar, pedimos também uma maionese de ervas da casa, que era temperada na medida certa e muito suave.

John Coltrane

Eu e meu namorado optamos por lanches diferentes e, embora a gente seja apaixonado por hambúrguer, ele escolheu outra opção dessa vez: o Po’boy Sandwich, um tradicional sanduíche de New Orleans, composto de roast beef de filet mignon em um molho de carne roti, picles, queijo Peper Jack e vinagrete de mostarda, no pão ciabata. Eu, ao contrário dele, não consegui fugir muito do que costumo comer e pedi o John Coltrane, um hambúrguer de 200g de carne bovina, manteiga de ervas, queijo muçarela, tomate fresco e mix de folhas, no pão com gergelim.

Po’boy Sandwich
Os lanches eram bons, mas nada que fizessem eu me apaixonar. Achei o sanduíche do meu namorado mais gostoso do que o meu, acredite se quiser. Não que o meu lanche não estivesse bom, porque estava, mas achei ele muito simples comparado com o que eu já experimentei por aí. Talvez tenha sido só um azar mesmo, mas confesso que o hambúrguer do Holy Burger ainda é o meu favorito da vida.

Depois disso, foi a hora de pedir para o garçom aquilo que nos havia feito ir até lá: o milk-shake de churros. Sim: de churros! CHURROS. Quando vi essa novidade na página do Jazz Restô & Burgers, imediatamente coloquei na cabeça que precisava experimentá-lo. Afinal, como poderia dar errado? E eu tinha razão. Foi um dos melhores milk-shakes que tomei na vida!


O milk-shake de churros vem em dois tamanhos: 300 ml, com três minichurros no prato, ou 600 ml, com cinco minichurros no prato. E é claro que a gente escolheu o tamanho maior, né? Então, quando chegou na mesa, foi só emoção. O milk-shake de churros é docinho, mas com um toque de canela ao fundo. O chantilly por cima, além disso, é um pouco mais denso, o que deixa tudo muito mais saboroso. Sério, não tem como descrever. Só sei que tomei os 600 ml praticamente sozinha, de tanto que eu amei.


Se eu vou voltar no Jazz Restô & Burgers? Muito provavelmente, especialmente se eles prometerem deixar esse milk-shake de churros no cardápio para sempre. ♥ Agora, de verdade: vale muito a pena ir conhecer, porque além do local ter uma porção de batatas fritas com alecrim incrível e o meu mais novo milk-shake favorito, você ainda pode curtir uma apresentação de jazz enquanto come. :) Eu com certeza vou voltar para experimentar outros lanches, porque tenho certeza que os que experimentamos não fizeram jus ao que a casa pode oferecer.

1 de agosto de 2015

Como eu descobri o que é ser saudável de verdade

Hoje, enquanto eu pensava no assunto que poderia escrever aqui no blog, parei pra pensar o quanto mudei de uns anos pra cá. Aos poucos, comecei a me curtir mais, a aproveitar a minha companhia, a não me incomodar de ficar sozinha ou passar um fim de semana toda assistindo a seriados no Netflix. E uma coisa que contribuiu muito para que eu passasse a me amar mais, sem dúvida, foi a minha auto-estima, que só aumentou.


Já há algum tempo, quase dois anos, me comprometo a comer de forma mais saudável, a evitar alguns alimentos industrializados e a consumir, o menos possível, doces e frituras. Claro que ninguém é de ferro, né? Vocês sempre me veem postando aqui no blog sobre restaurantes que amo ou que fui conhecer e, na maioria das vezes (confesso!), isso inclui hambúrgueres, frituras e sobremesas cheias de açúcar e gordura.

Pois bem: eu nunca, em nenhum momento, disse que ia ser uma daquelas doidas que só se alimenta de frango e batata-doce, que evita sair com os amigos e com o namorado por medo de sair da dieta e passa todas as horas livres na academia. Sim, eu gosto de malhar e também gosto de manter uma alimentação saudável e balanceada, mas é essa justamente a questão: ser balanceado. Não adianta nada você passar uma semana toda sem colocar um quadradinho de chocolate na boca se, ao chegar no fim de semana, você come uma barra de chocolate toda sozinha e toma um pote de dois litros de sorvete de uma vez.


Eu aprendi isso do pior jeito esse ano. Eu tinha certeza que, depois do Canadá, eu teria engordado alguns quilinhos. Afinal, sabendo que ficaria lá por apenas três meses, eu aproveitei mesmo, né? Comi tudo o que tinha direito, almocei pizza diversas vezes, comi chocolate de monte e, claro, me deliciei com todas aquelas besteiras que eles têm, mas a gente não está acostumado. Comer donuts pelo menos três vezes por semana era regra, por exemplo. Então, quando voltei para o Brasil, nem me preocupei em me pesar.

Há duas semanas, mais ou menos, eu fui para uma consulta de rotina na minha médica e resolvi me pesar. Na hora, até cogitei ficar longe da balança para não ficar triste, mas depois achei que seria uma boa alternativa para eu finalmente tomar vergonha na cara e voltar à rotina saudável que eu tinha antes do intercâmbio. Dito e feito: engordei quatro quilos e, deixando de seguir uma dieta mais restrita, pelo menos durante a semana, acabei não emagrecendo mais.


A partir daí, resolvi finalmente retornar à alimentação saudável. Deixei de comer frituras e doces durante a semana, passei a me esforçar mais para tomar pelo menos dois litros de água por dia e, especialmente, parei de comer o máximo de alimentos industrializados possível. A gente sabe que aquelas bolachinhas, que as propagandas sempre falam que são muito saudáveis, na verdade não são, né? Na hora da fome, o melhor é sempre comer uma fruta com castanhas, por exemplo, do que um pacotinho de biscoito industrializado.

Não sei se vocês são daqueles que comem sem engordar, mas eu nunca fui assim e, só depois que aprendi o que fazia bem e o que fazia mal para o meu corpo, consegui perder o peso que sempre quis. Hoje, eu não como nada de embutidos, inclusive peito de peru, tirei o pão da minha alimentação (viva a tapioca!), passei a consumir muito mais frutas e legumes e, além disso, durante a semana só tomo água. Sucos de caixinha e refrigerantes? Nunca mais.

entenderam por que eu não queria voltar do Canadá?
De fim de semana, é claro, fica um pouco mais difícil se controlar. A gente sempre acaba querendo sair pra jantar ou então fica com vontade de comer um chocolate e disso eu não me privo, não. Afinal, como vocês bem sabem, eu adoro comer! E adoro conhecer restaurantes também. Então, o jeito foi dar uma segurada só, evitar comer um tablete de chocolate de uma vez só ou passar o sábado e o domingo inteiros comendo. Como sempre, o equilíbrio se mostrou a melhor opção, afinal, a gente não quer viver de frango e batata-doce, mas também não precisa se enfiar no fast-food em todas as refeições, né? De vez em quando rola um pãozinho quentinho com manteiga de café da manhã e eu também como batata-frita aos finais de semana, mas passar o domingo todo comendo salgadinho e tomando refrigerante não.

Não sei se vocês se interessam por esse assunto e tentam levar uma vida mais saudável que nem eu, mas quando eu resolvi mudar um pouco a minha rotina, uma pessoa que me ajudou muito a entender o que, de fato, era saudável foi a Bárbara Mamede, que já deu uma entrevista muito legal aqui para o blog. :)
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