30 de julho de 2014

Você conhece a outra série da autora de Jogos Vorazes?

Suzanne Collins está por trás de Jogos Vorazes e, justamente por causa dessa trilogia, é considerada uma das maiores autoras da atualidade. Mas você sabia que ela, tal como mais alguns escritores que a gente adora, possui outra série que a maioria das pessoas não conhece?

Lançado em 2003, o primeiro livro de As Crônicas do Subterrâneo se chama Gregor, o Guerreiro da Superfície e eu descobri essa nova história por acaso. Um dia, estava procurando saber mais sobre Suzanne Collins e me deparei com esse título, que me chamou bastante a atenção. Esse ano, então, dentro da leva de livros que ganhei de aniversário, acabei sendo presenteada também com o primeiro volume da série.


Gregor é um menino de 11 anos bastante humilde que vive em Nova Iorque junto com sua mãe, sua avó, sua irmã Lizzie de sete anos e a caçula Margareth, mais conhecida como Boots, de apenas dois anos. Um dia, após o desaparecimento de seu pai completar dois anos, Gregor e Boots são sugados por um duto de ar dentro da lavanderia do prédio e são levados para uma civilização localizada muitos quilômetros abaixo da superfície. Lá, eles descobrem um mundo em que humanos, baratas, ratos e aranhas precisam conviver entre si e respeitar uns aos outros - o que nem sempre acontece. Após alguns dias lá embaixo, Gregor recebe a incrível notícia de que seu pai pode estar vivo e, então, parte em uma expedição para resgatá-lo tendo como companheiros de viagem criaturas um pouco... diferentes.

Confesso que, quando li a sinopse dessa série, imaginei algo completamente diferente e, de início, não me apaixonei pelos personagens. Afinal, ter que conviver com morcegos, ratos e baratas é algo que vai muito além da minha capacidade de compreensão. No entanto, aos poucos, conforme fui ficando mais por dentro da sociedade que Suzanne Collins inventou, passei a gostar cada vez mais dos personagens, das situações e da dinâmica do subterrâneo.


Claro que Gregor, o Guerreiro da Superfície é um livro de fantasia. Mas não pense que você verá uma Suzanne Collins parecida com Jogos Vorazes. Achei que este livro, talvez por vir antes da obra de ouro da autora, é muito mais infantil, não só no enredo, como na narrativa e no modo como ela é construída. A história é bastante simples e, além disso, algumas situações são resolvidas de maneira muito prática, dando a impressão de que o livro é mais para crianças mesmo. Claro que, assim como em Jogos Vorazes, a criatividade da autora alcançou um novo limite e, por isso, Gregor, o Guerreiro da Superfície acaba sendo uma ótima distração! Leve, divertido e muito diferente. Adorei! E planejo ler os próximos quatro livros, é claro.

29 de julho de 2014

Vai um parmegiana com fritas aí?

Se tem um tipo de restaurante em São Paulo que raramente decepciona é o italiano. Aqui, até mesmo o mais exigente acaba dando o braço a torcer em relação às cantinas italianas. Afinal, na cidade paulistana praticamente 90% da população possui pelo menos um tiquinho de sangue da Itália, mesmo que seja do tataravô, e isso rende boas conversas e muita massa deliciosa.

Semana passada, eu, meu namorado e alguns amigos resolvemos sair para jantar e decidimos ir em uma cantina na Rua Pamplona, próxima à Avenida Paulista, chamada Osteria Generale. Mas nós não estávamos com vontade de comer massa, por incrível que pareça, e sim com vontade de saborear o delicioso parmegiana de lá.



Eu nunca tinha ido na Osteria Generale, mas já sabia como era o local. Por isso, não fiquei impressionada com a simplicidade. Os mais desavisados talvez achem o ambiente muito sem graça, embora tenha camisetas de times de futebol e bandeiras penduradas por todo o teto. Não se assustem, mesmo. A cantina é muito mais do que aparenta ser.

Chegamos por volta das 20h30 e, apesar de ser sexta-feira, o local não estava muito cheio. Pegamos uma mesa para seis pessoas assim que entramos e, para esperar o restante das pessoas, pedimos o couvert – deliciosos pães italianos e torradinhas com uma sardela muitíssimo saborosa – e Coca-Cola de garrafa de vidro, o melhor refrigerante já feito! :P

Depois que nossos amigos chegaram, ainda ficamos batendo papo por muito tempo e acabamos pedindo dois pratos de parmegiana para três pessoas. Veja bem: dois para três. E ainda sobrou! Então, ou você vai com muita fome ou provavelmente vai ter que levar um pouquinho para casa.

www.generale.com.br

Os pratos não demoraram para serem servidos e chegaram quentinhos: arroz, bife à parmegiana e batata-frita. Quer combinação melhor?  O molho, por sua vez, era extremamente saboroso e do jeito que eu mais gosto, de tomate de verdade. As batatas-fritas, ainda, eram bem caseiras e pareciam aquelas que as mães fazem quando estão com pressa: gordinhas, macias por dentro e muito crocantes por fora.

Pela olhada que dei nas outras pessoas que estavam jantando, nós fomos os únicos que pedimos a parmegiana. A maioria das pessoas se deliciou com massas e um belo vinho, o que me fez ter vontade de voltar lá para experimentar outros pratos. E, dessa vez, não pedimos sobremesa, mas mesmo estando em seis, que pediram o couvert e mais de um refrigerante por pessoa, a conta não deu mais do que R$ 55,00 para cada um. Vale a pena!

28 de julho de 2014

Casa Pizza: você quer comer na cozinha, na sala ou no quarto?


Comer no quarto é o terror de todas as mães. Pizza, então? Pior ainda! Para desafiar o reino delas, uma pizzaria em São Paulo possui uma proposta completamente diferente. Ao chegar lá, o cliente não ouve a pergunta de sempre "gostaria de uma mesa próxima à janela?". As opções, na verdade, são um pouco maiores: "gostaria de comer na sala de jantar, na cozinha, no quarto da menina ou no do menino?".

Sábado à noite, saí para jantar com uns amigos. Nossa ideia, então, era encontrar um lugar diferente, mas com uma pizza gostosa. Foi aí que meu namorado lembrou da Casa Pizza, um casarão gigantesco no Itaim Bibi, e que permitia que os clientes comessem em qualquer cômodo.

Chegamos lá por volta das 20h20 e fomos recebidos por atendentes muito, muito simpáticos! O local ainda estava vazio, talvez por causa do tempo chuvoso, por isso não tivemos que ficar na espera. Escolhemos, então, comer na sala de jantar, já que o quarto da menina, o mais legal de todos, estava reservado para uma festa.

Quarto da menina

A CasaPizza possui inúmeros sabores diferentes, então ficamos bastante em dúvida sobre o que pedir. Eu, que sou apaixonada por cogumelos e alho poró, fui a primeira a escolher e pedi metade de champignons, com mix de cogumelos, alho poró, queijo brie e nozes. Os outros pedidos da mesa foram metade de calabresa à moda da casa, metade de alcachofra e metade de peito de peru, queijo e catupiry. Para beber, eu pedi um chá gelado batido com limão e gengibre, meu namorado uma coca e nossos amigos uma garrafa de vinho e duas águas.

Quando as pizzas chegaram, fiquei surpresa com a aparência delas. Pareciam muito apetitosas! E quando provei o sabor que tinha escolhido, comprovei: era deliciosa. A massa das pizzas é bem fininha e o molho de tomate da casa é muito gostoso, o que torna tudo muito leve. Eu, que geralmente não como mais do que dois pedaços, dessa vez comi três e fiquei muito satisfeita, sem aquela sensação de que havia comido exageradamente. Além da minha escolha, experimentei também a pizza de alcachofra, que era deliciosa, e a de calabresa à moda da casa, que achei sensacional. A cebola, ao contrário das pizzas tradicionais, era agridoce e bem fritinha, o que dava um toque crocante ao sabor. Demais!

Champignon e calabresa à moda da casa

Dessa vez, não comemos sobremesas, e mesmo com a garrafa de vinho, a conta não saiu cara. Deu por volta de 200 reais, o que não é muito, considerando a quantidade de coisas que pedimos. Embora eu não seja a maior fã do mundo de pizza, gostei muito da Casa Pizza, e achei os sabores muito diferentes. O atendimento, além disso, tornou a experiência toda muito agradável e fez com que eu passasse o domingo todo falando que queria comer aquelas pizzas novamente. Com certeza vou voltar!

18 de julho de 2014

Demorei, mas finalmente li Cidade das Cinzas!

Quase há um ano, eu escrevi aqui que havia lido Cidade dos Ossos, o primeiro livro da série Os Instrumentos Mortais. Somente essa semana, no entanto, consegui ler Cidade das Cinzas, a continuação. Vocês já leram?

Não sei quanto podemos mudar nesse tempo que passou, mas o fato é que, embora eu tenha adorado Cidade dos Ossos ano passado, não consegui amar tanto Cidade das Cinzas. Não que o livro não seja bom, não é isso. O que aconteceu foi que, para mim, esse segundo livro não revelou tanta coisa e, além disso, tornou-se até mesmo monótono em algumas partes.


Depois que Clary descobriu que na verdade era uma Caçadora das Sombras, sua vida mudou completamente. A partir daquele momento, ela passou a enxergar cada pedacinho de escuridão presente na cidade de Nova Iorque e aprendeu a desconfiar de tudo o que via. Ao mesmo tempo em que tentava descobrir um jeito de acordar a sua mãe no hospital, ela tentou conter todos os sentimentos que sentia por Jace - que descobrira ser, na realidade, o seu irmão -, além de também tentar descobrir os planos de Valentim para impedi-lo.

Cidade das Cinzas, dessa maneira, tinha tudo para ter muito mais ação do que o anterior, que teve que apresentar para o leitor a origem dos Caçadores de Sombras, bem como explicar a presença de demônios, vampiros e lobisomens em Nova Iorque. No entanto, não foi o que aconteceu. Esse novo livro é mais monótono e algumas vezes parece ficar patinando no mesmo lugar, sem evoluir.

É claro que não foi isso que me fez desistir de ler a série toda. Eu vou continuar a lê-la, mesmo que, comparado com outros livros de fantasia, Instrumentos Mortais esteja longe de ter o melhor enredo e os melhores personagens. É apenas uma ótima distração para o longo caminho até o trabalho!

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Também contei aqui como havia sido assistir ao filme Cidade dos Ossos no cinema. Não gostei muito, mas aparentemente, apesar da baixa audiência, foi dado sinal verde para a segunda parte da história ser gravada. Vamos aguardar! (E esperar que seja melhor que o primeiro filme, é claro.)


17 de julho de 2014

Morte Súbita: um lado de Rowling que a gente ainda não conhecia!

A J. K. Rowling é, sem dúvida, uma das maiores escritoras do nosso tempo. Não por ter criado Harry Potter, embora eu ame a série, mas sim porque possui uma das narrativas mais deliciosas que eu já li. Desde que a história bruxo chegou ao fim, me senti órfã de uma autora que através de palavras simples conseguia me transportar do mundo real.

Há algum tempo, tive a oportunidade de ler Morte Súbita, um dos romances mais recentes dela. E, mesmo sabendo que o enredo não possuía qualquer coisa de fantasia, acabei me impressionando com o grau de maturidade que apresentou.

Morte Súbita conta a história da pequena cidade de Pagford que, após a morte inesperada de Barry FairBrother, uma das pessoas mais influentes do local, fica completamente em choque. Ninguém sabe o que vai acontecer com o conselho da cidade, nem o que será dos ideais que FairBrother defendia. Aos poucos, então, vamos conhecendo cada habitante da cidade junto com seus medos, seus receios e seus desejos.


Embora pareça uma narrativa simples, J. K. Rowling se supera nesse livro, fazendo com que apenas uma briga política de um vilarejo se torne algo muito mais grandioso. Através de Pagford, ela recria a nossa sociedade expondo os defeitos e segredos de cada cidadão.

Mas não se engane e ache que, por ser a criadora de Harry Potter, Rowling pegou leve com as descrições. Confesso que logo de cara fiquei um pouco chocada com a riqueza de detalhes de algumas situações. Aos poucos, no entanto, fui me situando e me apaixonando pelos personagens – que, aliás, estão longe de ser perfeitos.

O que me incomodou em Morte Súbita, contudo, foi que não houve um desfecho para a história. Conversando com outras pessoas que leram o mesmo livro, inclusive, fiquei com a sensação de que daria para fazer um outro livro facilmente. Acho, na realidade, que o objetivo da autora era esse mesmo: pegar um fato incomum e, através dele, expor a parte escondida de uma cidade que, de primeiro momento, aparenta ser perfeita.

De qualquer maneira, se você é um fã declarado de J. K. Rowling, assim como eu, recomendo muito que leia Morte Súbita, especialmente porque mostra um lado da autora que a maioria de nós não conhecia!

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Falando em Morte Súbita, recentemente foi confirmado que a história será adaptada para uma série de televisão ainda esse ano. O seriado terá duração total de três horas e será produzida pelos canais HBO. Mal posso esperar para ver! Mas leiam o livro antes, hein? ;)

The Guardian

16 de julho de 2014

Cheio de Charme, de Marian Keyes, é muito mais do que um livro de romance!

Quanta coisa acontece em seis meses, não é? Faz tanto tempo que eu não posto aqui que tenho milhões de novidades para contar. A mais importante delas, no entanto, eu só vou revelar daqui a um tempinho! ;)

Como havia prometido para mim mesma, em 2014 estou lendo muito mais do que estava antes! E, nesse tempo que passou, li inúmeros livros: a continuação de Divergente – que eu não recomendo porque odiei o final, Morte Súbita da J. K. Rowling, Lembra de mim? da Sophie Kinsella, Bling Ring, As Vantagens de Ser Invisível, Quem É Você, Alasca? do John Green... Então, caso vocês queiram a resenha de algum deles, é só falar!

O último livro que li foi Cheio de Charme, da Marian Keyes, a mesma autora de Sushi e Melancia. A história, como tantas outras dela, fala sobre a superação de problemas que, embora algumas pessoas não conheçam ou nunca tenham presenciado, existem e afetam muitos por aí. No caso do livro, não vou falar qual problema é esse, porque ele vai sendo explicado ao longo do enredo, no entanto, já adianto: é um pouco incômodo aceitar que algumas pessoas passam por isso sem agir – o que não significa que a gente não saiba que existam essas pessoas. O problema é que “vivenciar” tal problema, mesmo que através da leitura, torna tudo muito mais real e impressionante.


Cheio de Charme é escrito através do ponto de vista de três mulheres principais, Lola, Grace e Marnie, que possuem uma semelhança: a presença, em alguma parte de suas vidas, de Paddy, um famoso e mulherengo político. E, talvez pela história ter sido contada de forma fragmentada, além do fato de que ela possui quase 800 páginas, eu demorei bastante para terminá-la.

Tudo começa com Lola descobrindo que seu namorado, o político Paddy, está prestes a se casar... Com outra! Então, depois de muito correr atrás dele, ela resolve tirar merecidas férias em uma cabana no interior. Aos poucos, então, Grace aparece na sua vida e, através dela, conhecemos também Marnie, que se relacionou com Paddy no passado.

O livro, embora denso e bastante longo, é bem legal! A narrativa é fluida, de modo que eu conseguia ler mais de 100 páginas por dia facilmente, no entanto o final deixou um pouco a desejar. Não vou contar o que acontece, é claro, mas eu não sou muito fã de histórias que não concluem suas tramas – como foi o caso de Morte Súbita também, por exemplo –, então acho que mais algo deveria ter acontecido.

De qualquer maneira, Marian Keyes, através de Cheio de Charme, aborda um assunto que grande parte da população simplesmente finge que não acontece e, com sua narrativa leve, acaba levando o leitor a uma parte dos relacionamentos que às vezes a gente deixa escondido. Não se deixe assustar pelas numerosas páginas, nem pela história um pouco sem sal no início, viu? Vale a pena!
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