29 de novembro de 2013

A essência de Jennifer Lawrence

Num mundo em que a fama é mais importante do que a essência, é um pouco difícil dizer quem é verdadeiro e quem não é. Esses dias, conversando com algumas pessoas, ficou ainda mais claro para mim que aquilo que vemos atrás das câmeras é apenas um pedacinho da pessoa que existe lá.

Veja bem, não estou tentando defender algum artista. Acho que, uma hora ou outra, a essência de cada um de nós transparece, mesmo que não queiramos. E são desses momentos que a gente mais gosta.


Jennifer Lawrence (diva ) vem se mostrado, ao longo deste ano, como uma pessoa diferente do padrão hollywoodiano de ser. Ela caiu em apresentações de gala, mostrou o dedo do meio em discursos e tirou os sapatos no meio de entrevistas. Ela burla as regras, mas isso não significa que seja assim de fato.

Eu adoro a atriz. Mesmo. Depois de Em Chamas, ela se tornou a minha favorita (sorry, Emma Watson). Mas quem me garante que o que vemos por aí, essa "menina-contra-os-padrões", não é mais uma jogada de marketing de relações públicas muito bem (ou mal) intencionados?


Acho muito, muito legal esse jeito espalhafatoso dela de ser. Acaba com a ideia de que no tapete vermelho todo mundo é um monte de bonequinho perfeito e educado. E seria extremamente decepcionante, para mim, descobrir que ela não é, na verdade, desse jeito que vem mostrando ser nos últimos tempos. Afinal, esse mundo em que a gente vive precisa, sim, de alguém como a Jennifer Lawrence, né?

26 de novembro de 2013

Cidades de Papel: uma reflexão sobre a vida

Acabei de ler Cidades de Papel, do John Green, neste instante e ainda estou tentando digerir a história. Não sou nenhuma especialista no autor e, embora Teorema Katherine tenha me conquistado muito mais rapidamente e intensamente, é visível um amadurecimento dele neste último livro. Se, em Teorema Katherine, temos um final feliz para a história, em Cidades de Papel o fim é muito mais complexo. Além disso, apesar da escrita de John Green continuar leve e fluida, este livro é muito mais profundo e reflexivo que o outro que eu li. 


Margo e Q vivem em Orlando e levam uma vida perfeita. Estão prestes a acabar o colégio e ir para a faculdade. Têm amigos, vão a festas e Q, pelo menos, é o orgulho de seus pais. Um dia, Margo desaparece, mais uma vez, mas dessa vez não volta. Q, então, passa a encontrar diversas pistas e a segui-las a fim de achar a menina. 

Comecei a ler este livro imaginando ser tão bobinho quanto Teorema Katherine. Uma aventura adolescente. No entanto, as reflexões dos personagens me fizeram enxergar a vida, e também o futuro, de uma maneira completamente diferente. Eu me identifiquei completamente com a Margo. Afinal, quem é que determinou que, para a vida ser perfeita, é preciso estudar, ir para a faculdade, arranjar um trabalho bom e ter filhos? 

É muito difícil ir embora - até você ir embora de fato. E então ir embora se torna simplesmente a coisa mais fácil do mundo.

O livro algumas vezes é bem parado. E eu até demorei para lê-lo, se comparar com Teorema Katherine, por exemplo. Mas possui uma história bem legal, que me fez repensar bastante coisa que já fiz ou quero fazer. Até pensei, em alguns momentos, que John Green estava supervalorizado, mas ao final ficou claro para mim, mais uma vez, porque o autor possui tantos fãs ao redor do mundo. Mesmo com histórias simples, os personagens são complexos, com profundidades diferentes e completamente indentificáveis com a realidade. De novo: vale a pena ler.

22 de novembro de 2013

Em Chamas: a sorte nunca está ao seu favor.

Ano passado, Jogos Vorazes se tornou um dos meus livros favoritos. Ao contrário do que normalmente faço, no entanto, assisti ao filme antes de ler os livros. Demorei para ler, é verdade, mas quando ganhei a trilogia, devorei tudo em menos de 15 dias.

Anteontem, fui assistir ao filme adaptado da segunda parte da trama: Em Chamas. Depois de quase um ano de espera, finalmente conseguir ver a parte mais legal da história nos cinemas e quer saber? Ficou tão bom quanto o livro.


Dessa vez, Katniss e Peeta têm de partir em uma turnê de vitória pelos distritos. Contudo, depois que os dois venceram os últimos Jogos Vorazes, parece que algo mudou em Panem: as pessoas estão mais indignadas, com mais raiva, e lutando contra um governo autoritário. Ao que tudo consta, além disso, Katniss é a responsável por criar essa chama de esperança. Percebendo o perigo de uma nova revolução, então, os 75ºs Jogos Vorazes chegam diferente: dessa vez, dois antigos vitoriosos de cada distrito têm de voltar a arena. E Katniss e Peeta, é claro, retornam para proteger um ao outro e lutar pelo que acreditam.

Como uma boa fã de Harry Potter, sei o que são adaptações ruins. E Em Chamas dá um show nesse quesito. Foi feito extremamente leal à história e arrisco a dizer que algumas cenas adicionadas (como, por exemplo, as da neta do Presidente Snow) acabaram dando um toque muito especial ao filme, deixando-o até mesmo melhor do que o livro em alguns momentos. A arena, além disso, ficou sensacional. Cada detalhezinho foi pensado a fim de reproduzir exatamente o que Suzanne Collins escreveu em sua história.


Sobre a atuação da Jennifer Lawrence, restam elogios. Foi um show à parte. Se quem assistiu a O Lado Bom da Vida já considerou a atriz uma das melhores do mundo, com certeza vai se emocionar muito mais dessa vez. Foi ela quem deu vida à Katniss. E em cada cena mostrou aos espectadores que, se for necessário, consegue chorar, rir e gritar, tudo ao mesmo tempo. Quero ver de novo, e de novo, e de novo...

12 de novembro de 2013

(spoilers) A última temporada de How I Met Your Mother.

Desde que fiquei sabendo que a última temporada de How I Met Your Mother seria focada somente no fim de semana do casamento do Barney e da Robin, fiquei com receio de eles conseguirem estragar um seriado de nove anos em apenas alguns meses.


No entanto, o episódio da semana passada (9x08 - The Lighthouse) me mostrou que, seja focando em apenas algumas horas ou em uma década, os produtores de How I Met Your Mother conseguem, sim, desenvolver uma história sensacional, bem amarrada e com personagens encantadores.

Como vocês já sabem, How I Met Your Mother conta a história de como Ted Mosby encontrou a mulher da sua vida. Isso mesmo, simples assim, sem conspirações ou seres sobrenaturais. O medo dos fãs, por isso, também era bastante simplório: como, em apenas 24 episódios e num período de um fim de semana, os criadores da série conseguiriam mostrar uma "mãe" tão encantadora quanto o Ted, o Barney, a Lily, o Marshall e a Robin?


O páreo não era fácil. Afinal, ao longo destes últimos oito anos, nos foram apresentadas inúmeras mulheres que, sem dúvida, poderiam ser a mãe dos filhos Mosby. Victória, por exemplo. Como apresentar uma nova personagem tão doce quanto a moça dos cupcakes? Ou tão doidinha quanto Zoe?

O fato, no entanto, é que embora Victória, Zoe, Stella ou até mesmo Robin fossem ótimas aos nossos olhos, naquele momento não eram o par perfeito para o Ted. E, mesmo que a "mãe" tenha sido mostrada pouquíssimas vezes durante a nona temporada, a cena final do oitavo episódio mostrou para todo mundo que, sim, eles são fofos juntos e, acima de tudo, foram feitos um para o outro. Mal posso esperar pelo final. Mas confesso que, por mim, essa história nunca acabaria.
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