14 de fevereiro de 2019

Eu vou

Impressionante como, quando começamos a envelhecer, nós frequentemente nos perdemos de nós mesmos. Quer dizer, eu sempre fui uma pessoa que usava a escrita para desanuviar do dia a dia, para esquecer a rotina e seus problemas. E, mesmo ano passado tendo sido um dos anos mais difíceis da minha vida, a última vez que escrevi aqui foi em 2016.

Conforme vamos chegando aos 30 anos - e em 2019 é a minha vez - parece que a nossa essência, aquela que lutamos para construir durante a adolescência, começa a se perder. E, em meio a tanto problema, a tanta injustiça e a tanto cansaço, acabamos nos esquecendo de nós mesmos e focando no que menos importa: os outros.

É difícil não se deixar levar pelo dia a dia. É difícil admitir que viver uma vida em que só o que queremos é que o fim de semana chegue não é normal. Que torcer pela sexta-feira e sofrer pelo fim do domingo não leva a nada. Talvez uns reais a mais no banco, mas definitivamente muito menos paciência, saúde e amor.

Ainda é fevereiro de 2019, mas eu realmente acho que esse ano vai ser bom. Ainda não começou a melhorar, confesso, mas alguém me disse que isso é porque a "aura" de 2018 ainda paira sobre nós. Que em breve essa nuvem preta que está sobre cada um dos brasileiros vai embora e a gente - finalmente - vai conseguir olhar pra frente sem lembrar do que passou.

2019 é o ano em que eu vou cuidar de mim. Prometi isso para mim mesma. É o ano em que eu vou ser mais importante do que todo o resto, em que eu vou tomar as decisões que estou deixando de tomar há pelo menos quatro anos. Ainda é fevereiro, é verdade. Mas arrisco dizer que já fiz mais por mim esse ano do que o segundo semestre inteiro de 2018. O meu objetivo é bem claro dentro da minha mente, mas eu ainda não estou pronta para compartilhá-lo com muitas pessoas.

Não agora.
Mas eu vou.
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