Suzanne Collins está por trás de Jogos Vorazes e, justamente por causa dessa trilogia, é considerada uma das maiores autoras da atualidade. Mas você sabia que ela, tal como mais alguns escritores que a gente adora, possui outra série que a maioria das pessoas não conhece?
Lançado em 2003, o primeiro livro de As Crônicas do Subterrâneo se chama Gregor, o Guerreiro da Superfície e eu descobri essa nova história por acaso. Um dia, estava procurando saber mais sobre Suzanne Collins e me deparei com esse título, que me chamou bastante a atenção. Esse ano, então, dentro da leva de livros que ganhei de aniversário, acabei sendo presenteada também com o primeiro volume da série.
Gregor é um menino de 11 anos bastante humilde que vive em Nova Iorque junto com sua mãe, sua avó, sua irmã Lizzie de sete anos e a caçula Margareth, mais conhecida como Boots, de apenas dois anos. Um dia, após o desaparecimento de seu pai completar dois anos, Gregor e Boots são sugados por um duto de ar dentro da lavanderia do prédio e são levados para uma civilização localizada muitos quilômetros abaixo da superfície. Lá, eles descobrem um mundo em que humanos, baratas, ratos e aranhas precisam conviver entre si e respeitar uns aos outros - o que nem sempre acontece. Após alguns dias lá embaixo, Gregor recebe a incrível notícia de que seu pai pode estar vivo e, então, parte em uma expedição para resgatá-lo tendo como companheiros de viagem criaturas um pouco... diferentes.
Confesso que, quando li a sinopse dessa série, imaginei algo completamente diferente e, de início, não me apaixonei pelos personagens. Afinal, ter que conviver com morcegos, ratos e baratas é algo que vai muito além da minha capacidade de compreensão. No entanto, aos poucos, conforme fui ficando mais por dentro da sociedade que Suzanne Collins inventou, passei a gostar cada vez mais dos personagens, das situações e da dinâmica do subterrâneo.
Claro que Gregor, o Guerreiro da Superfície é um livro de fantasia. Mas não pense que você verá uma Suzanne Collins parecida com Jogos Vorazes. Achei que este livro, talvez por vir antes da obra de ouro da autora, é muito mais infantil, não só no enredo, como na narrativa e no modo como ela é construída. A história é bastante simples e, além disso, algumas situações são resolvidas de maneira muito prática, dando a impressão de que o livro é mais para crianças mesmo. Claro que, assim como em Jogos Vorazes, a criatividade da autora alcançou um novo limite e, por isso, Gregor, o Guerreiro da Superfície acaba sendo uma ótima distração! Leve, divertido e muito diferente. Adorei! E planejo ler os próximos quatro livros, é claro.
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