16 de julho de 2014

Cheio de Charme, de Marian Keyes, é muito mais do que um livro de romance!

Quanta coisa acontece em seis meses, não é? Faz tanto tempo que eu não posto aqui que tenho milhões de novidades para contar. A mais importante delas, no entanto, eu só vou revelar daqui a um tempinho! ;)

Como havia prometido para mim mesma, em 2014 estou lendo muito mais do que estava antes! E, nesse tempo que passou, li inúmeros livros: a continuação de Divergente – que eu não recomendo porque odiei o final, Morte Súbita da J. K. Rowling, Lembra de mim? da Sophie Kinsella, Bling Ring, As Vantagens de Ser Invisível, Quem É Você, Alasca? do John Green... Então, caso vocês queiram a resenha de algum deles, é só falar!

O último livro que li foi Cheio de Charme, da Marian Keyes, a mesma autora de Sushi e Melancia. A história, como tantas outras dela, fala sobre a superação de problemas que, embora algumas pessoas não conheçam ou nunca tenham presenciado, existem e afetam muitos por aí. No caso do livro, não vou falar qual problema é esse, porque ele vai sendo explicado ao longo do enredo, no entanto, já adianto: é um pouco incômodo aceitar que algumas pessoas passam por isso sem agir – o que não significa que a gente não saiba que existam essas pessoas. O problema é que “vivenciar” tal problema, mesmo que através da leitura, torna tudo muito mais real e impressionante.


Cheio de Charme é escrito através do ponto de vista de três mulheres principais, Lola, Grace e Marnie, que possuem uma semelhança: a presença, em alguma parte de suas vidas, de Paddy, um famoso e mulherengo político. E, talvez pela história ter sido contada de forma fragmentada, além do fato de que ela possui quase 800 páginas, eu demorei bastante para terminá-la.

Tudo começa com Lola descobrindo que seu namorado, o político Paddy, está prestes a se casar... Com outra! Então, depois de muito correr atrás dele, ela resolve tirar merecidas férias em uma cabana no interior. Aos poucos, então, Grace aparece na sua vida e, através dela, conhecemos também Marnie, que se relacionou com Paddy no passado.

O livro, embora denso e bastante longo, é bem legal! A narrativa é fluida, de modo que eu conseguia ler mais de 100 páginas por dia facilmente, no entanto o final deixou um pouco a desejar. Não vou contar o que acontece, é claro, mas eu não sou muito fã de histórias que não concluem suas tramas – como foi o caso de Morte Súbita também, por exemplo –, então acho que mais algo deveria ter acontecido.

De qualquer maneira, Marian Keyes, através de Cheio de Charme, aborda um assunto que grande parte da população simplesmente finge que não acontece e, com sua narrativa leve, acaba levando o leitor a uma parte dos relacionamentos que às vezes a gente deixa escondido. Não se deixe assustar pelas numerosas páginas, nem pela história um pouco sem sal no início, viu? Vale a pena!

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